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Alfabeto Sem Amarras

 

ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL

“ALFABETO SEM AMARRAS”

Uma língua deve ser falada, lida e escrita por todo o povo. Assim, propomos que o idioma português seja simplificado e democratizado, principalmente no que se refere à sua ortografia.

 

      

     

    

     

 Apresentação

    
    O primeiro encontro dos adeptos da simplificação das regras do idioma português foi realizado, sob a presidência do jornalista Moacyr Penna, no mês de novembro de 1981, na Câmara Municipal de Bauru. Nessa época, após alguns meses de trabalho, foram sugeridas à Academia Brasileira de Letras diversas alterações, algumas delas acatadas pelo Acordo Ortográfico de 1990, tais como a extinção do trema, retiradas dos acentos nas palavras paroxítonas terminadas em o duplo e em quase todas as palavras homógrafas, etc. 


    Nossa ONG, contando com a participação da maioria dos integrantes do primeiro grupo de 1981, foi fundada, oficialmente, no dia 14 de fevereiro de 2006, em reunião pública realizada no Salão Helvécio de Barros da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru, Estado de São Paulo, tendo como finalidade a efetuação de estudos para a simplificação das regras do idioma português.  
Nessa nova etapa de atividades, estabeleceu-se que a primeira proposta oficial deveria ser a simplificação do alfabeto, priorizando-se os ditames fonéticos e sistemáticos, e questionando-se os valores etimológicos, relegando-os a um nível secundário.
         
    Assim, é com satisfação que oferecemos a todos os estudiosos, aos professores, à Academia Brasileira de Letras, ao Ministério da Educação, ao Congresso Nacional e às autoridades dos demais países lusófonos o trabalho supracitado, objetivando, um dia, ver nossa sugestão aceita e implantada para a facilitação do aprendizado a milhões de pessoas, que, hoje, são analfabetas por culpa de um código ortográfico por demais complexo e antiquado. Aprovada pelo pleno de nossa ONG a simplificação alfabetaria, outras teses são também estudadas. Estas vão inseridas na segunda parte deste trabalho.

    
  Os interessados em  trazer sua opinião crítica construtiva poderão fazê-lo pelo e-mail: jose.perea@uol.com.br.
                             
                                                       José Perea Martins –  Presidente

                                                       BAURU  -  SÃO PAULO  -  BRASIL           

      

 

        

               

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O Novo Alfabeto da língua Portuguesa

        

          

Forma atual

Nossa proposta

a A ( á )

a A (á)

b B ( )

b B ( )

c C ( )

c C (cá)

d D (dê)

d D (dê)

e E (é)

e E (é)

f F (efe)

f F ()

g G ( ou guê)

g G (guê)

h H (agá)

h H (agá)

i I (i)

i I ( i )

j J (jota)

j J ( jê )

k K (cá )

k K ( cá )

l  L ( ele )

l  L ( lê ) – Polivalente

m M ( eme )

m M ( ) – Polivalente

n N ( ene )

n N ( ) – Polivalente

o O (ó )

o O ( ó )

p P ( )

p P ( )

q Q ( quê )

q Q (quê )

r R ( erre )

r R ( ) – Polivalente

s S ( esse )

s S ( esse ) – Polivalente

t T ( )

t T ( )

u U ( u )

u U ( u )

v V ( vê )

v V ( vê )

w W ( dáblio )

w W ( dáblio )

x X (xis)

x X ( cs )

y Y ( ípsolon )

y Y  ( ípsolom )

z Z ( )

z Z ( )

Observações:

1) Além dessas letras, são usados também os  dígrafos:  rr (erre duplo),  ss (esse duplo),  ch (cê-agá),  lh (ele-agá),  nh (ene-agá),  gu (guê-u) e qu (quê-u).

2) Conforme propomos, os dígrafos supracitados terão os seguintes valores fonéticos: rr ( duplo), ss (esse duplo), ch (chê), lh (liê),  nh (nhê), gu (guê) e qu (quê).    

3) Os dígrafos “sc”, ””, e “xc”, como não representam fonemas, deverão ser extintos.    

 

          

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Comentários

        

              

 EXPLICATIVOS, PROPOSTAS CORRELATAS E COMENTÁRIOS

 

1.    A letra “c” será usada sempre com o som de “k” (oclusiva velar surda), quando formar sílaba com as vogais “a”, “o” e “u”: coitado, cauda, custo, acordo, etc. Antes de “i” e “e”, será empregado, como já o é, o dígrafo “qu”: aquilo, aquele. No valor de “” e “ç” (fricativa alveolar surda) será sempre empregado o “s” ou  o “ss” (veja explicativo número 12). Excepcionalmente,  usar-se-á a  letra “c” na formação do dígrafo “ch” (fricativa palatal surda), com o valor fonético de origem.  A letra Ç (cedilhado) será extinta, permanecendo tão somente nos nomes próprios ou em marcas registradas anteriormente.

 

2.    A letra “f” passará a ser denominada de “”, como é pronunciada em suas formações de sílabas: feito, fizeste, foi, cafeicultura, confiscar, fatia, fizemos, afastar, etc.

 

3.    A letra “g” será denominada tão somente de “guê” (oclusiva velar sonora), como já é nos empregos antes de “a”, “o” e “u”: agora, garra, degustar. Antes de “e” e “i”, para se manter a tradição, será usado o dígrafo “gu”: guitarra, guerra, aguerrido, etc.

 

4.    A letra “h”, que não é propriamente uma consoante, mas um símbolo,  não deverá mais ser empregada, a não ser na formação dos dígrafos “nh”, “lh” e “ch” (amanhã, trabalho, achado): homem = omem, humildade = umildade, harpa = arpa, etc. Note como certas palavras, anteriormente escritas com “h”, hoje não possuem mais essa letra: eixo, êxito, ombro, ontem  úmido, espanhol, erva.

 

5.    A letra “j” chamar-se-á “jê” (palatal fricativa sonora) e será empregada em todas as palavras onde já está consagrada: jatobá, jibóia, acarajé, berinjela, cafajeste, cerejeira, jibóia, pajé, sarjeta, lojista, canjica, etc. Passará também a ser usada sempre, no lugar de “g”, antes de “e” e “i”: coragem = corajem, eleger = elejer, fugir = fujir, álgebra = aljebra, faringe = farinje, sugerir = sujerir, tigela = tijela, girafa = jirafa,  megera = mejera,  etc.         

 

6.    As letras “k”, “w” e “’y”, agora integradas ao alfabeto português, serão usadas em casos especiais, mormente em palavras estrangeiras e abreviaturas: km, watts, Nova York, etc. 

 

7.    A letra “l” (ele) passará a ter  a pronúncia  de “lê”. É uma letra polivalente, sendo empregada no início de palavras (lindo), no início de sílabas (enlevar), no interior de sílabas (clava), no final de sílabas (culto)  e no final de palavras (pontal).

 

8.    A letra “m”, polivalente, terá sua denominação alterada de “eme” para “”. É empregada no início de palavras (menor), no início de sílabas (remo), no final de sílabas, antes de “p” e “b” (amparo, embora) e no final de palavras (concorrem, cursaram).

 

9.    A letra “n”, polivalente, é usada no início de palavras (navio), no início de sílabas (anedota), no final de sílabas (tanto), na formação do dígrafo “nh” (conheço). Nos finais de palavras, perderá seu emprego para a letra “m” (pólen = polem), etc.

 

10. A letra “q” será usada somente na formação do dígrafo “qu”, quando precedida de “e” e “i” (aquele, quilombo, quiosque, quero), etc.

 

11. A letra “r”, hoje chamada “erre”, passará a ser denominada de “”. É polivalente  Por isso, empregada na formação de diversos fonemas. No início de palavras, com o som forte (rindo, roupa), no início de sílabas (Arábia, Araribá, carimbo), no interior de sílabas (cru, crase), no final de sílabas (acordo, cargo), no final de palavras (acordar, marcar, preferir). Tem também o som forte, quando dobrada (carro, corrida) e também depois de consoantes (bilro, honra).  

 

12. É a letra “s” a mais polivalente das letras do alfabeto. É empregada no início de palavras (sistema, sendo), no início de sílabas (contensão, ensejo) e nos finais de sílabas e palavras (sistema, costura, poste, lápis, prédios, através).  Nas formações de sílabas, ocupará, sozinha ou dobrada, sempre os lugares do “c” e do “ç”  (cidra = sidra, dança = dansa, intenção = intensão, acesso = assesso, cócegas = cóssegas, cansaço = cansasso).   O “s” duplo (ss) será usado sempre entre duas vogais. Os dígrafos “sc” e “” (ascender, desça, florescer, recrudescer, renascer, ascender, nascença, etc), que já tendem a desaparecer, não mais existirão (ascender = assender, desça = dessa, florescer = floresser, etc).  A letra “s” não mais será empregada com o som de “z”,  sendo  substituída  por  esta  letra todas as vezes que for pronunciado esse som (basílica = bazílica, gasolina = gazolina, revesar = revezar, despesa = despeza, surpresa = surpreza, tesoura = tezoura, vaso = vazo, besouro = bezouro, empresa = empreza, etc).   

 

13. Nos finais  de palavras, contudo, ao invés de “z”, só se usará a letra “s” (acidez = acidês, polidez = polidês, surdez = surdês, escassez = escassês, estupidez = estupidês, arroz = arrôs, cartaz = cartás, surdez = surdês ). Já são escritas com a letra “s” final: camponês, marquês, japonês, francês, descortês, rês, gás, cós, jus, pôs, pus, quis, etc.

 

14. A letra “x” (xis) sofrerá profundas alterações no tocante à sua fonética. Passará a ter o nome de “cs” e só será usada, quando assim pronunciada (anexo, oxigênio, sexo, perplexo, fluxo, amplexo, fixar, maxilar, nexo, reflexo, sexagenário, tóxico, etc.) Nos demais casos, será substituída pelas grafias que se pronunciam:

A)   som de “ch”: xerife = cherife, faixa = faicha, lixa = licha, ameixa = ameicha, caxumba = cachumba, coxo = cocho, enxada = enchada, laxante = lachante, xarope = charope, xícara = chícara,  xará = chará,  enfaixar = enfaichar, etc.;

B)   som de “z”: exame = ezame, êxodo = êzodo, exato = ezato, execução = ezecução, exilar = ezilar, exagero = ezagero, exonerar = ezonerar, exotérico = ezotérico, etc.;

C)   som de “ss”:  próximo = próssimo, máximo = mássimo, auxílio = aussílio,  sintaxe = sintasse, etc;

  som de “s”: texto = testo, expectativa = espectativa, extensão = estensão, explicar = esplicar,       extremo = estremo, expoente = espoente,  experiente = esperiente, etc.;

D)   Estando já para entrar em desuso, o dígrafo “xc” desaparecerá, quando for empregado sem          valor fonético: excitar = ecitar = essitar, exceto = eceto = esseto, excessivo = ecessivo = essessivo,      exceder = eceder = esseder, etc.      

 

15. A letra “z” será usada sempre que for pronunciada (casa = caza, blusa = bluza, duquesa, duqueza,        gasômetro = gazômetro, pêsames = pêzames, visar = vizar, blusão = bluzão). Nos finais de palavras, como já comentamos, será substituída por “s” (acidez=acidês, embriaguez=embriaguês, altivez = altivês, feroz = ferós, eficaz = eficás, giz = gis, matriz = matris, nariz = naris, raiz = raís, surdez = surdês, veloz = velós, juiz = juís, nudez = nudês, capuz = capus, faz = fás). 

 

Observações:

1)    Deixamos de considerar o som de GZ nalgumas palavras formadas pelo prefixo grego (hexacampeão) por seu inexpressivo valor numérico.

2)    Por tradição, deverá a letra X ser usada com o som de XIS, quando se referir a incógnitas, quantidades indeterminadas, etc. (exemplo: Isso é o x da questão).

3)    Estabelecendo a predominância fonética e a sistematização, como se nota, relegamos o valor da etimologia.  Nenhuma simplificação ou modernização linguística poderá haver se não forem retirados os entraves etimológicos.

      

          

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 Acentuação

    


 
SIMPLIFICAÇÃO DAS REGRAS  DE  ACENTUAÇÃO
 
Embora, dentro das normas gramaticais da língua portuguesa, as regras de acentuação sejam perfeitas, por terem sido elaboradas e normalizadas sistematicamente, os membros da ONG ALFABETO SEM AMARRAS decidiram propor que também fossem simplificadas, extrapolando também para outros itens das notações léxicas, como a crase, o apóstrofo e a cedilha.
Assim propomos:
 
A CRASE

  1.  Não ser mais usado o acento grave para indicar a contração da preposição “a” com o artigo “a” (à, às) e com os pronomes demonstrativos “a”, “aquele” (s), aquela (s), aquilo, aqueloutra (s), aqueloutro (s).(= àquele (s), àquela (s), àquilo, àqueloutra (s), àqueloutro (s). Entendemos que o próprio sentido da frase explica a desnecessidade  do uso da crase. No exemplo: “Contarei tudo a mamãe”. Com ou sem o uso da crase, o sentido é o mesmo. 

       O uso da crase, porém, poderia ser usado nos casos em que haja necessidade de se estabelecer a clareza, como nos seguintes exemplos: ”Cheirar a gasolina, ou cheirar à gasolina”; “chegar a noite ou chegar à noite”.

     
O APÓSTROFO


     É proposta também a supressão do apóstrofo. Exemplos: c’roa = croa = coroa, ‘ bem = bem = está bem, esp’rança = esprança = esperança.
   O uso e os costumes fazem regra, indubitavelmente.  No antanho, ao se escrever “de onde”, era escrito sem o e da preposição e,em seu lugar, colocava-se o apóstrofo e assim em outras inúmeras palavras. Modernamente não se usa mais o apóstrofo. Se perdeu sua finalidade histórica, por que não extingui-lo de vez. É o que propomos.

ACENTOS DIFERENCIAIS NA REFORMA DE 1971

       Nessa reforma foram abolidos o acento grave da sílaba subtônica(só = sòmente), o acento circunflexo da sílaba subtônica (cômoda=cômodamente).
       Embora essa reforma  tenha abolido o acento circunflexo como diferencial nos homógrafos de tônica fechada (almôço), deixou, especificamente, uma exceção na acentuação da palavra “pôde” (3a pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar da palavra “pode” (3a pessoa do singular do presente do indicativo). Todavia, por interpretação à lei, outros acentos diferenciais continuaram a ser usados: pólo (substantivo), pára (verbo), pêlo (cabelo), pélo (verbo), péla (verbo), pólos (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pôr (verbo), quê (substantivo e no fim de frase) e porquê (substantivo).

O Novo Acordo Ortográfico, suprimindo a maioria dos acentos supracitados, manteve  obrigatoriamente a colocação de acento circunflexo tão somente nas palavras: “porquê”, “quê”(quando substantivos ou em final de frase), “pôr”(verbo), “pôde” (verbo no pretérito), têm e vêm, nas forma do plural da 3ª.pessoa,   obrigatoriamente. Só não entendemos a retirada do acento agudo na forma verbal ”para”.
A apresentação desta disposição legal serve mais para indicar nossa  considerando sobre o seu valor positivo.          
     
 

     

          

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Outras Alterações

 

 

DENTRE OUTRAS, ENCONTRAM-SE EM ESTUDOS, NAS COMISSÕES DE NOSSA ONG, OS SEGUINTES TEMAS PARA ALTERAÇÕES:      
          
UNIFORMIZAÇÃO DAS TERMINAÇÕES VERBAIS

           Pelas  regras vigentes, atualmente, empregam-se a terminação “e”: 
           A) nas formas verbais dos verbos regulares que terminam em “ir”, na segunda e terceira pessoa do presente do indicativo e modo imperativo e negativo afirmativo:
            Acudir  - acodes – acode
            Fugir – foges – foge              
            B) nas formas verbais dos verbos terminados em “uar” e “oar”, no presente subjuntivo e modo imperfeito:      
                                    Cultuar – cultues – cultue – cultue
                                    Perdoar – perdoes – perdoe – perdoe
                                    Caçoar – caçoe – caçoes – caçoe
                                    Atuar – atue – atues - atue                              
           É empregada a letra “i” nas formas verbais dos verbos em “uir”,  “air” e “oer”, na segunda e na terceira pessoa do singular do presente do indicativo e na segunda e terceira pessoa do modo imperativo afirmativo e negativo:
                                    Contribuir  -  contribuis  -  contribui
                                    Cair – cais - cai   
                                    Doer  - dói   
Observação: o verbo “doer”, sendo defectivo, não possui a segunda pessoa do presente do indicativo.
           Nossa sugestão (ou proposta) é que as terminações todas acima referidas sejam uniformizadas, passando a ser usada tão somente a terminação “e”. Assim: aflues, aflue, acodes, acode, cultues, cultue, perdoes, perdoe, caçoe, caçoes, atue, atues, caes, cae, doe, etc.        
 
 USO DO PRONOME DO CASO RETO COMO OBJETO DIRETO

           O pronome, como sabemos, é a  palavra que substitui o nome, indicando a pessoa gramatical em que se encontra, evitando, assim, sua repetição  na oração.  Ao invés de dizermos: “Antônio trabalha somente quando é Antônio visto pelo patrão, o qual já surpreendeu Antônio sem trabalhar”, dizemos: “Antônio trabalha somente quando (ele) é visto pelo patrão, o qual já o surpreendeu sem trabalhar” 
           É regra geral que os pronomes do caso reto – eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles e elas – só funcionam como sujeito da oração.  Como objeto direto só podem ser usados os pronomes  pessoais oblíquos átonos: o, a, os, as (ex. – Eu o vi; Ele a quer, Ela trazia-o). Também  nas operações com os verbos terminados em “r”, “s” e “z”, quando são substituídos  por: lo, la, los, las  ( aplaudir + o = aplaudi-lo;  quis + o = qui-lo;  fez  + as = fê-las)  
            Nossa ONG propõe o uso também, oficialmente, sem detrimento da forma usual, dos pronomes do caso reto também como objeto direto  como já o é na  linguagem coloquial:
           Eu encontrei ele trabalhando à noite.
           Maria viu ele carregando as mercadorias roubadas.
           Não consigo ver ele nesta escuridão.
           Quanto ao prisioneiro, traga ele aqui.
           Há muito tempo que não vejo ela.

 
ABOLIÇÃO  DOS  PRONOMES DA 2ª. PESSOA

           Nossa proposta é para que sejam abolidos ou colocados em desuso, para futura extinção, se for o caso, os pronomes pessoais retos TU e VÓS e os pronomes pessoais oblíquos não reflexivos átonos e tônicos: TE, TI, CONTIGO e VOS, VÓS, CONVOSCO.  Em seus lugares, como já se tornaram comuns, são colocados os pronomes de tratamento que valem por verdadeiros pronomes pessoais, como: VOCÊ, O SENHOR, VOSSA SENHORIA, A SENHORA, VOSSA EXCELÊNCIA, etc.
           Antes de prosseguirmos, necessário se torna explicar que os pronomes de tratamento também podem figurar na terceira pessoa (pessoa de quem se fala).  Em lugar de VOSSA, colocaríamos SUA.
           Em quase todo o território nacional, exceto no extremo sul, a forma pronominal TU já foi substituída por VOCÊ, o SENHOR, a SENHORA. E sem que seja denominado de corruptela, mas sim “forma coloquial”, a palavra “seu” em lugar de  SENHOR.          
           As formas oblíquas também, por consequência, seriam colocadas em desuso: TE, TI, CONTIGO, VOS e CONVOSCO, além dos pronomes adjetivos possessivos: TEU, VOSSO, TUA, VOSSA e plurais correspondentes.
          Com as alterações propostas, teríamos as seguintes pessoas dos verbos e suas flexões (singular e plural):
           Primeira pessoa: EU estudo gramática;
           Segunda pessoa: VOCÊ ( o senhor, etc.) estuda geografia;
          Terceira pessoa:  ELE estuda ciências;
           Primeira pessoa: NÓS estudamos biologia;
           Segunda pessoa: VOCÊS (os senhores, etc.) estudam mecatrônica;
           Terceira pessoa: ELES estudam literatura.
Observação: Colocar em desuso não quer significar proibir o uso, não só dos pronomes dos casos retos como oblíquos, mas sim, priorizar o uso dos pronomes de tratamento nas segundas pessoas.
           Vamos ilustrar abaixo, com um trecho de Guimarães Rosa (A hora e vez de Augusto Matraca), o uso comum de você, na segunda pessoa:
           “Que é?!...Você tem perna de manuel-fonseca, uma fina e outra seca! E está que é só osso, peixe cozido sem tempero...Capim pra mim, com uma assombração dessas!... Vá-se embora,  frango-d’água!”
                               
 
ELIMINAÇÃO  DO  EMPREGO  DO  “M” ANTES  DO “P” e “B”

           Os vocábulos com som nasal antes do P e do B são escritos com a consoante M (amplo, ambulatório).  No português arcaico, não era uniforme a colocação do M antes do B e do P. Elas vieram por via erudita, tornando-se regra. Temos alguns exemplos na formação das palavras por composição, quando as palavras perdem sua integridade para a formação duma outra: “em + boa + hora = embora”. No caso presente, não resta dúvida que a colocação do M antes do B é totalmente justificada.
           Naturalmente,  a determinação da colocação do M antes do P e B foi estabelecida  pelos tabeliães do tempo do antanho, embora, como falamos, não tenha uniformidade. O que pode comprovar é que a nasalidade é expressa por M e também por N (ambos, campos, contudo, enquanto, nuvenzinha). Tanto faz o emprego de M ou de N, a nasalidade é a mesma. Por que não simplificar e acabar de vez  com mais uma regra?
          Passaríamos então, para indicar a nasalidade no interior do vocábulo, a usar somente a consoante N:
          Anbos, canpo, tanbém, conbinar, anpliação, contenplação, etc.
          Com esse avanço, estaríamos usando a simplificação idiomática já usada inúmeras vezes.
          Caso  o leitor  manusear livros antigos, verificará, nos  textos arcaicos, que não havia a regularidade etimológica. Destacamos:
          Viimtegramdecoinbranouenbrocorronperhomrracomde.  
 
 
SIMPLIFICAÇÃO DO USO O  HÍFEN

          O “hífen” é um sinal diacrítico. É usado para ligar os elementos de palavras compostas (couve-flor, ex-diretor, pré-escolar), para unir pronomes átonos aos verbos (ofereceram-me),  para separar as sílabas (a-ca-ba-men-to) e, no final da linha, separar uma palavra em duas partes (encomen-da).
           As regras que determinam o uso do hífen continuam a  confundir  . Esperava-se que, com o Acordo Ortográfico de 1990, assinado pelos sete países lusófonos, as regras se tornariam claras, mas o que podemos constatar é que continuam complexas a ponto de confundir. Veja o leitor alguns exemplos firmados no Acordo: “pré-escolar”, “reencarnação” , “bem-falante”, “benfazejo”, “cor de café”, “cor-de-rosa”,
          Nossa proposta é que haja  quatro ou cinco regras tão somente. Por exemplo, seria colocado o  hífen em todas as palavras compostas por justaposição cujos elementos constituam uma unidade própria, ou que se combinem, e nas formações verbais sintagmáticas e semânticas. Exemplos: primeiro-ministro, ano-luz, guarda-chuva, conta-gotas, segunda-feira, tenente-coronel, porta-chapéus, “pediu-me”. Propomos que, nas formações com prefixos ou falsos prefixos,  não se colocaria mais o hífen em nenhum caso. Exemplos: extraescolar, aeroespacial, antiaéreo, coordenar, autoescola, antealérgico,
          Corroborando com nossa tese, eis alguns exemplos oficiais disciplinados pelo Novo Acordo Ortográfico: coobrigação, coordenar, malnascido, benfazejo, reencarnação, antiarte, antiasmático, antibacteriano, autoescola, prejulgar, autocorretivo, pseudofobia, semipronto / tio-avô, porta-frasco, segunda-feira, porto-riquenho, boi-bumbá, conta-gotas, cação-martelo, guarda-pó, lesa-pátria.
              
                                                 
 O SÍMBOLO “H”

           Conforme é explicado nas instruções para a organização do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovadas pela Academia Brasileira de Letras, na sessão de 12 de agosto de 1943 (tornadas obrigatórias pela Lei Federal nº 2.623, de 21 de outubro de 1955), com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.765, de 18 de dezembro de 1971, e mantidas pelo novo Acordo Ortográfico, a letra h” não é propriamente consoante, mas sim um símbolo que, em razão da etimologia e da tradição escrita do nosso idioma,  conserva-se no princípio e final de diversas palavras: haver, hélice, hidrogênio, hóstia, humildade; hã,  ah!,  hem?, puh!, etc.
           Também há que se considerar:
       Atualmente, no interior do vocábulo, só se emprega o “h” em três casos: quando faz parte do “ch”, do “lh” e do “nh”, que representam fonemas palatais.
           Nossa proposta é no sentido de que não se empregue mais o símbolo ”h”, a não ser na composição dos digramas “ch” e “nh”: chegou, chá, venha, amanhece, etc.
           Nos dígrafos supracitados não está faltando o “lh”? ,Esta interrogação já deve ter passado pela mente do leitor.  Acontece que pretendemos  desfazê-lo!  Naturalmente em nossa proposta.
          Impulsionam-nos a sugerir o desfazimento do dígrafo “lh” as palavras do professor Cândido de Oliveira, em seu livro “Revisão Gramatical” – 7ª edição – página  21: “A linguagem culta é adquirida, e dentro de conceitos sociológicos e psicológicos.  Na concepção moderna, a função da Gramática é sistematizar o comportamento da língua literária  atual.  A Gramática não é depósito de regras imutáveis, antes ela está vigilante e atenta, a marchar paralelamente com o objeto de sua observação – a língua, que é ser vivo, de desenvolvimento fatal”.
          A língua falada no Brasil é diferente da falada em Portugal. Lá se pronunciam as palavras muito rapidamente, aqui são elas articuladas com vagar. Lá se usam cotidianamente as figuras históricas de supressão de letras e mesmo sílaba, denominadas de aférese, síncope e apócope.
           Em Portugal, é cabível o uso do “lh”. No Brasil, o “h” dá lugar ao “i” átono.  Faça você, leitor, uma experiência: pronuncie a palavra “malho” devagar, sem a vogal “i”. Conseguiu? Achamos que não. Tente pronunciar as palavras: “alho” e “folha”. Repare na pronúncia de “galha” (excrescência produzida por insetos nos vegetais) e de “Gália” (cidade paulista). Parece-nos (não somos videntes) que o leitor começa a nos dar razão...
           Então vamos prosseguir.  Nossa proposta é para que se desfaça o dígrafo LH, retirando-se  dele o H e, em seu lugar, colocar  o “i” átono, que naturalmente vai formar com a vogal seguinte um “ditongo oral crescente”. Assim  teríamos: galhada = galiada; galhardo = galiardo; filho = filio; milho = mílio, etc.
           Nossas razões não se apegam tão somente na caracterização do falar brasileiro, menos rápido do que o português europeu, mas também nas origens das palavras cujas grafias já eram grafadas com li ou Le: Mulher=muliere; filho=filium; folha=folia; conselho=consilium, etc.
           Obs.: No explicativo inicial, referente ao alfabeto, mantivemos os três dígrafos com o H, que é para lembrar nossa proposta inicial, agora, com estudos mais completos dos membros da ONG Alfabeto Sem Amarras, ficou resolvida esta nova proposta. 

 


ELIMINAÇÃO  DOS  DÍGRAFOS  “SC” , “SÇ” E “XC”


            O dígrafo SC, SÇ e XC  , considerados falsos dígrafos, desapareceriam, permanecendo, contudo, o “c” ou “ç”, segundo a reforma que propomos. Exemplos  de palavras com ortografia atual:
           Adolescência, aquiescer, ascender, consciência, cônscio, convalescer, crescer, descender, descer, desça, discente, discernir, disciplina, fascículo, fascinar, fascínio, florescer, imprescindível, incandescente, nascer, néscio, prescindir, rescindir, rescisão, excitar, exceto, excessivo, etc.
          Como nos explicam os professores Celso Cunha e Luís F. Lindley Cintra em sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, 2ª. Edição- página 53, as combinações de letras “sc”, “” e “xc”, situadas entre letras-vogais, podem representar, no português normal do Brasil e no de algumas regiões de Portugal, o mesmo som que se transcreve também por “c” ou “ç”: florescer (comparar a amanhecer), desça (comparar a pareça), excede (comparar a preceder).
           O leitor não deve se confundir com o emprego do “s” no final das sílabas, que não formam  dígrafo: asco, escravo, prescrito, posto, prestação, costa, casta, prescrever, questão, pescar, espero, justo, inscrição, etc.

         
AFLORAMENTO  DO  “i”  EUFÔNICO


           Conforme já expusemos no desfazimento do dígrafo “lh”, haveria o afloramento gráfico do “i” eufônico: gralha = grália, etc. Também nos demais casos em que seja ele simplesmente pronunciado, é nossa proposta que seja colocado graficamente. Exemplos:
            Absolver .........abisolver           -    abster ..........abister
            Hipnose ..........hipinose            -    psiquiatria.......pisiquiatria
            Etnografia.......etinografia         -    oftalmologia..ofitalmologia
            Tecnologia .....tequinologia      -  substantivo.subistantivo
            
    Eis algumas palavras em que aparecem oficialmente algumas vogais eufônicas: cafeicultura, (café+i+cultura), gasoduto (gás+o+duto).
       Embora tão somente de passagem, eis o que o  Prof. Celso Ferreira da Cunha nos ensino em sua Gramática da Língua Portuguesa – 5a. edição – pág. 60: “Na  linguagem coloquial brasileira há, porém, uma acentuada tendência a destruir esses encontros (digno, ritmo,apto) de difícil pronúncia pela intercalação da vogal “i” (ou “e”): díguino, peneu, rítimo.
        Não raro, temos de admitir a existência desta “vogal epentética”, embora não escrita, para que versos de poetas nossos conservem a regularidade. Por exemplo, no segundo destes setissílabos de Gonçalves Dias: ”Deixa-me ouvir teus cantores, admirar teus verdores”.
        A palavra admirar deve ser emitida em quatro sílabas (a-di-mi-rar) para que o verso mantenha aquela medida.

    

          

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Cronologia de Propostas e Reformas

  

A necessidade de alterações em nosso idioma sempre foi ressaltada. Não é de agora. Vejamos uma listagem de propostas e reformas havidas até hoje no Idioma Português:
           Em 1139,  Dom Afonso Henriques, decretada a separação de Portugal do reinado de Castela e León, manda separar o Português do idioma galaico-português.
          Em 1520,   O Governo Português manda publicar uma coletânea de trechos literários, compreendendo resumos do “Amandis”, da “Portugualiae Monumenta Histórica” e “Cancioneiros da Ajuda”,estabelecendo algumas normas ortográficas.
          Em 1540, João de Barros publicou “Diálogo em Louvor de Nossa Linguagem” e “As Regras” escritos por Pero de Magalhães de Gandavo.
          Em 1572, Luís de Camões publicou seu livro denominado “Os Lusíadas”, estabelecendo um novo padrão de nobreza idiomática. É composto esse livro de 8.816 versos agrupados em 10 cantos com 8 decassílabos cada.
          Em 1576, Duarte Nunes de Leão publicou a sua “Orthographia da Lingoa Portuguesa”, criticando o uso de letras dobradas.
          Em 1633, Álvaro Ferreira de Vera publicou a “Ortografia ou a Arte de Escrever Certo na Lingua Portuguesa”.
          Em 1734, João de Moraes Madureyra Feijó publicou a “Arte de Escrever e Pronunciar com Acerto a Língua Portuguesa”.
          Em 1746, Luiz António Verney publicou o “Verdadeiro Método de Estudar”.
          Em 1880, José Jorge Paranhos da Silva propôs o “Sistema de Ortografia Brasileiro, comparado com o de Portugal”, no qual já criticava as grafias duplas, os dígrafos, propondo a sistematização da representação  vocálica.
          Em 1885, Aniceto dos Reis Gonçalves Viana e Guilherme de Vasconcelos Abreu apresentaram o “Sistema de Ortografia Cientificamente Sistematizada”.
           Em 1887, João Ribeiro publicou a Grammatica Analytica, rompendo com as idéias dos antigos gramáticos portugueses. Direcionava ele no sentido de se acompanhar a evolução, a transformação da linguagem contemporânea.
          Em 1904, Gonçalves Viana publicou a sua “Ortografia Nacional”, propondo a simplificação ortográfica pela qual extinguia os dígrafos th, ph e ch (este quando soava como k), rh e y, além das consoantes dobradas tt, ll, nn, etc.
          Em 1907, a Academia Brasileira de Letras começou e discutir a simplificação da ortografia, aprovando-a em diversas reuniões alternadas, sendo concluídas em fevereiro de 1912.
          Em 1911, o Governo Português, com base na proposta da comissão criada em 1910, estabeleceu a primeira reforma oficial do Idioma Português. Esta reforma, porém, só ficou concretizada em 29 de novembro de 1920 com a assinatura de nova portaria (número 2.553).
           Em 1912, a Academia Brasileira de Letras fez publicar a sua primeira reforma oficial, aproveitando os trabalhos desenvolvidos desde 1907 (esta reforma é publicada na íntegra, assim como o Sistema Ortográfico da Língua Portuguesa de 1943,  a reforma de 1971 e o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, no livro “Reformas e Acordos Ortográficos da Língua Portuguesa”, Editora Joarte (de Bauru) de autoria de José Perea Martins),
          Em 1915, a Academia Brasileira de Letras resolveu harmonizar a ortografia com a portuguesa, acolhendo o projeto de Silva Ramos, que adaptou a reforma brasileira aos padrões da reforma portuguesa de 1911.
          Em 1919, curiosamente, a ABL revoga a resolução de 1915, voltando tudo a ser como antes.
          Em 1921, João Ribeiro lançou seu livro  “ A Língua Nacional”, de cunho nacionalista, contrariando o estatuto lusitano do idioma português.
          Em 1922, Mário de Andrade publicou sua “Gramatiquinha”.
          Em 1929, a Academia Brasileira de Letras lança um novo sistema gráfico.
          Em 1931, precisamente no dia 19 de março, a Academia de Ciências de Lisboa aprovou as bases do novo sistema ortográfico proposto pela Academia Brasileira de Letras. Em 30.04, o Brasil e Portugal assinam o primeiro Acordo Ortográfico.
          Em 1932, o Brasil ratificou o acordo de 1931.
          Em 1938, o Governo Brasileiro fez publicar o Decreto-lei nº. 292 ratificando novamente o referido acordo.
          Em 1943, a Academia Brasileira de Letras, na sessão de 13 de agosto, aprovou o novo Sistema Ortográfico da Língua Portuguesa.
          Em 1959, o Governo Brasileiro publica a nova Nomenclatura Gramatical Brasileira.
          Em 1971, o Governo Brasileiro publica uma nova reforma ortográfica pela qual restringe a colocação de acentos em palavras homônimas homógrafas e o acento grave em palavras derivadas.

          Em 1986, no Rio de Janeiro, os países lusófonos aprovam nova reforma ortográfica que, ao final, não é colocada em vigor.

          Em 1990, os países lusófonos aprovam a última reforma ortográfica.
          Em 29 de setembro de 2008, o Presidente da República  promulgou o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa aprovado em 16 de dezembro de 1990, por todos os países lusófonos. No mesmo decreto, estabeleceu-se que a implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirá a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.

 

          

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Não Estamos Sós               


           Felizmente, pensando como nós sobre as necessárias simplificações ortográficas, existem muitos professores, filólogos e gramáticos conceituados.  Vamos, a seguir, transcrever, em destaques, alguns  comentários dessas autoridades:
                 “A bem da simplificação ortográfica, o “h” deveria ser eliminado de  todas as  palavras em que não forma dígrafo
                                                Domingos Paschoal Cegalla
                    Novíssima Gramática da Língua Portuguesa
                                                        3ª. edição   -   Página 44.      
                                                           ----------------
“Sucede também que o sistema gráfico de uma língua deixa a desejar, pois as línguas literárias, do ponto de vista ortográfico, preocupam-se mais com a etimologia e a tradição escrita.  Uma escrita fonológica ideal seria aquela em que cada fonema fosse representado por uma única letra.
         Compreendemos logo a utilidade da linguística se atentarmos para as grandes tarefas que temos pela frente no terreno da linguagem, o que só faremos se tivermos uma sólida base teórica.  Cumpre-nos rever nosso sistema ortográfico e torná-lo mais racional, mais simples e de mais fácil apreensão. 
           A língua escrita tem também sua importância na psicologia da linguagem.  Se ensinamos as crianças a ler e a escrever, temos que reconhecer os direitos da língua escrita mesmo sabendo de suas oposições à falada, pois é natural o esforço para reduzir a distância entre as duas, embora se saiba ser impossível uma equivalência perfeita”.  
                                Francisco da Silva Borba
            Introdução aos Estudos Lingüísticos
                             3ª. Edição – pág. 10 e 197 
                                        -------------                              
Passadas em revista as mais famosas gramáticas do Brasil, chegamos à conclusão de que o peso terrivelmente asfixiante da rotina continua a abafar o ensino do idioma. Como trepadeiras envolventes e daninhas, continuam as antigas regras, puramente artificiais, ou já sem aplicações aos nossos dias e enredar-se em torno do velho roble Português, impedindo-o de frontear à larga, a desenvolta. O que era artificial nos séculos XVI e XVII, agravado pela inconsciência da repetição e da memorização, continua a dominar ainda agora, muito embora o vejamos em absoluto desacordo com os fatos do idioma que falamos” 
Francisco da Silva Borba
 Gramática Normativa da Língua Portuguesa 
                                               4ª. Edição – pág. 7
                                            ------------
           “Sem dúvida, para os brasileiros de hoje o sistema ortográfico de 1943 representa uma reforma muito tímida.  Uma simplificação  mais audaciosa haveria de ir muito além, eliminando outros signos inúteis, como o h inicial, o s dos dígrafos sc, e o x do dígrafo xc, etc., e restringindo o mais possível o emprego do hífen e dos acentos gráficos.
            É sumamente desejável um código ortográfico mais fácil e mais adequado à comunicação moderna”                    
                               Domingos Paschoal Cegalla
    Novíssima Gramática da Língua Portuguesa
                  Cia Editora Nacional,Rio de Janeiro,
                                                29ª. edição, pág. 31
                                             -------------- 
 “Se o nosso sistema ortográfico fosse sistematizado (retiradas as incongruências todas), o aluno, para se alfabetizar, despenderia menos da metade do tempo que é gasto hoje e não erraria nunca. Do jeito que está, o aluno alfabetizado continuará a errar sempre.”
                              Senador Cristovam Buarque
Audiência Pública realizada no Senado Federal, em 04.11.2009.
                 

          

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A Origem do Idioma Português

           

                 

           Como sabemos, o idioma português é oriundo do latim vulgar, todavia, outras línguas anteriores e posteriores contribuíram para a sua formação. Assim temos:

           1 – Período pré-histórico, que é  caracterizado pelas ocupações, antes dos romanos, da Península Ibérica, pelos celtas,  fenícios,   hebreus,  assírios,  semitas, etc.

           2 – Período proto-histórico, quando os romanos ocuparam  a região  e impuseram o latim vulgar falado pelos soldados e comerciantes. Foi, nesse período (218 a C. a 409 d.C), que começaram a surgir os dialetos e diferenciações regionais, que culminariam com o surgimento do espanhol, catalão, galego, leonês, mirandês, alentejano, beirão, provençal e o português. Com as invasões (séculos IV ao IX) dos germânicos, visigodos e árabes, não só as supracitadas línguas foram mantidas, em sua essência, como  enriquecidas.

           O idioma português começou a vigorar, quando D.Afonso Henriques, em 1139,  na batalha de Ourique, derrubou a soberania de Castela e, em consequência, decretou a independência de Portugal e fez separar a unidade linguística galego-português.

           3 – Período histórico, que se estende do início do reinado de D. Afonso Henrique até os dias de hoje, subdividindo-se nas fases arcaica e moderna. A arcaica vai até o ano de 1500. Foi, na fase moderna, que a língua portuguesa passou a ter a sistematização das  regras gramaticais, a sua codificação. Ela se estabeleceu com força etimológica de início, depois, houve um período fonético em que se estabeleceu a afirmação  dos sons das palavras, mormente as escritas pelos escribas. Como havia muitos sons novos que não existiam no latim e para os quais não se desenvolvera uma tradição representativa, foram obrigados a adaptar velhas grafias ou inventar novas,  como nos explica o Prof. Edwin B. Willians  (Do Latim ao Português, 3a. edição, pág. 33). Frequentes vezes representavam a mesma grafia com diferentes sons. Assim, as confusões que ainda hoje nos deparamos: G com som de J;  S com o som de Z;  X com o som de CH; SS, S, Z, CS; S com o som de Ç; C com o som de K; dígrafos ( SC, SÇ, XC ) cujos esses não são pronunciados.

           Já tivemos, neste período moderno, diversas reformas no idioma. As principais foram: em 1911, 1912, 1915 (nova ortografia), em 1943 (Novo Sistema Ortográfico da Língua Portuguesa) , em 1959 (Nomenclatura Gramatical Brasileira), em 1971 (abolição do acento circunflexo diferencial na letra “e” e “o”...), em 1990 (acordo ortográfico dos países lusófonos).

           Finalizando este breve histórico, uma pergunta: Por que não acabarmos com as confusões estabelecidas?   Até quando...?

                     

           

  

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 Conclusões

          

       

O emaranhado de regras eruditas, as instituições de tópicos eminentemente elitistas, os preciosismos, os ditames etimológicos, sempre serviram para dificultar o aprendizado do idioma português, em nosso país.

Esses obstáculos serviram e ainda servem para a separação das classes intelectualizadas e privilegiadas, compostas pela minoria da população, das outras constituídas pelos analfabetos plenos, analfabetos funcionais e pelos incultos, os quais, somados, representam a maioria do povo brasileiro.

Soluções devem ser encontradas para se diminuir e mesmo evitar essa imensa diferenciação. E os caminhos mais seguros, indiscutivelmente, são a sistematização e a simplificação do alfabeto do idioma português. O  saber ler e escrever estendido e facilitado a todos pode se tornar  numa nova carta de alforria moderna e justa.

O aprendizado das letras a todos os brasileiros é o que propomos, primeiramente. Posteriormente,  outras alterações morfológicas deverão advir naturalmente, além das sintáticas, para um melhor aprendizado.

 A sua adesão, prezado leitor, será de muita valia para atingirmos esses objetivos que poderão acelerar o desenvolvimento do Brasil e colocá-lo entre os países mais progressistas e modernos do planeta. O idioma português não é propriedade dos portugueses, nem os brasileiros são apenas usuários por concessão. Urge que, acompanhando o progresso verificado em todas as áreas, seja também o idioma português modernizado.

 

                                                        Todos nós.

           

          

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Membros

         

                                         

ASSINAM  ESTAS  PROPOSTAS:

       

Afonso Henrique Kronenberger, Aikô Matsumoto Yoshimura, Amélia Terrassi,Ana Luíza Machado Ribeiro, Beatriz Sasso Trevisan Perea Martins,. Catharina Morad, Carlos Armando de Oliveira Machado, Cleber Picirili,  Edna Martins, Ercília Machado P. Martins, Elza Rodrigues, Profa. Íris Campante Patrício Tônus, Gabriel Sasso Perea Martins,Joaquim Elísio Mendes,  Dr. João Eduardo Machado Perea Martins,  Joaquim Simões Filho,  José Perea Martins,  Lauro Martins, Lauro Martins Júnior, Lucas Di Giovanni Martins, Mauro Campesi,  Moacyr Penna,  Nássara Aparecida Hadad, Nelly Forastieri Penna, Neuza Menezes Martins, Nílson Avante, Odete Figueira Lima,  Ovídio Rodrigues,  Rodolpho Pereira Lima, Rosa Cristina Sasso Perea Martins, Rosemary Lopes de Moura, Sérgio Úngaro, Thereza Cardoso Felício Rocha,  Thiago Di Giovanni  P. Martins,  Tomiko Matsumoto.    

     

          

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Contatos

      

Para sugestões, entrevistas e palestras:

 

Fone/fax: (14) 3236-2856

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                                                                                                 www.joseperea.com.br

             

         

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